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Antipoético
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16 de abril de 2015
Se apaixonar é raro, é difícil, demora para acontecer. Aí um dia acontece. E vem a esperança de que essa vez é 'pra valer.' Então tudo é lindo e mágico até ser detectado o primeiro sinal de que não é perfeito. Isso geralmente acontece na primeira pista de que não é tão recíproco quanto parecia. Então bate aquela frustração porque ninguém quer que o seu 'pra valer' seja daquele jeito, imperfeito já tão de início. Até poderia ser imperfeito lá na frente, quando a paixão estivesse se instalado de verdade e já quase virado amor. Mas não tão cedo. Isso frustra. Nessa hora bate o medo, a desesperança e eu até entendo de verdade por que tantas mulheres apenas aceitam aquilo que lhes é oferecido. É porque dá trabalho achar outro alguém para se apaixonar de novo. Não há mais paixão nos dias de hoje, há pessoas que se acostumam e aprendem a se amar. Mas paixão mesmo é coisa rara. E eu vivo dela. Eu só sei viver apaixonada, com aquela constante vontadezinha de saber do outro, de sentir, de compartilhar tudo o que viu ou apenas um monte de pensamentos bobos. Eu crio diálogos, imagino conversas, ouço músicas. Os dias ficam tranquilos com o clima de leveza no ar. Nem sequer penso em futuro porque viver o momento é incrível. E quando isso é partido, seja pela não reciprocidade ou seja por alguma decepção, o sofrimento é inevitável. E eu sofro muito mais pela falta dos efeitos da paixão em mim do que pela própria pessoa que eu pensei estar apaixonada. Então aqui estou eu, novamente tentando colocar um outro ponto final em tudo que dessa vez nem chegou a acontecer... e sigo com o medo de não conseguir mais me apaixonar de novo. |